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 Exposição Profano - Artista Ciro Schu 

CIRO SCHU "PROFANO" OBJETO / DATA / DADA ou Tempo Esquartejado Aterriza no Futuro Presente


Objetos fraternos se unem para declarar que o Tempo não é uma ilusão de ótica e pode ser quantificado e qualificado a partir de "inscrituras" talhadas e pintadas em superfícies abandonadas que outrora foram vitais para algum humano.
Como?
Re-Unir e compactar num mesmo objeto indícios "matéricos" e testemunhais de outros tempos.
Rito que Ciro domina com desenvoltura de um marceneiro secular e um escrivão da paisagem urbana. Duchamp, dadaístas, Farneses e Bispos do Rosário subverteram o estado das coisas, reordenando a aparência que flerta com o exato para falar o quanto o significado é flutuante e extra-vagante quando desafiado. E Ciro gera a sua gramática a partir deste ambiente, imprimindo ortografias rupestres, hieróglifos maias ,ornamentos zoomórficos, cromatismos lisérgicos e outras ferramentas para provocar o que mais instiga a mente humana que é a analogia. E com isto, aproximar conteúdos aparentemente díspares e criar objetos de sintomas estéticos que exalam o frescor de um mobiliário novo, de um outro tempo.
Ou, como meu amigo Jaco Loredo após visita ao atelier/oficina escreveu:
"Do movimento incessante das coisas aparentemente imóveis: "Profano".
Como tudo que se afasta do Sagrado porque aprecia nascer para o fora.
Neste trabalho há criaturas despertas do escuso devir dos objetos, do abandono eterno dos seres e das coisas."

Gal Oppido

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